segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Educação Para Todos


A Educação Inclusiva é atualmente um dos maiores desafios do sistema educacional. Criados na década de 70, os pressupostos da Educação Inclusiva fundamentam vários programas e projetos da educação. 
O direito a educação é direito de toda criança, adolescente ou adulto, seja ele qual dificuldade tiver. E a constituição afirma isso, que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. E a educação inclusiva  parte dessa intenção, que cada um possa procurar a plenitude do seu existir, para participar ativamente na construção de sua vida pessoal, tendo uma existência feliz e de qualidade.
Esse tema hoje está cada vez mais atual e cada vez mais discutido nas escolas. E a discussão gira em torno de como ocorre essa inclusão nas escolas?
Primeiramente a escola deve estar adequada àquela criança, jovem ou adulto. Tendo profissionais adequados e espaços direcionados as determinadas deficiências. Essa escola deve também respeitar os limites do educando e desenvolver uma real integração social na comunidade em que vivem.
A inclusão implica também em uma mudança de paradigmas, de conceitos e costumes, que fogem as regras tradicionais, ainda fortemente calcados na linearidade do pensamento, no primado do racional e do ensino, na transferência dos conteúdos curriculares.
Ainda existe uma resistência por parte das escolas, em concretizar essa inclusão, suas desculpas variam entre não ter profissionais especializados, salas adequadas ou acessos dentro das escolas, exemplo para os cadeirantes, entre outras.
A inclusão é, portanto um conceito intrigante, que busca retirar as barreiras impostas pela exclusão em seu sentido mais global.
A educação é, portanto um direito de todos, e assegurá-lo é necessariamente, dar boas vindas a esse aluno, sem questionar suas possibilidade ou dificuldades.
 Respeitando-os, integrando-os ao cotidiano escolar, visando capacitar e melhorar a vida desse educando.


Referencia Bibliográfica:
WERNECK, Claudia. Sociedade inclusiva: quem cabe no seu todo? Rio de Janeiro: WVA, 1999.

sábado, 27 de outubro de 2012

A afetividade do professor e do aluno

Vivemos em constante relacionamento com o outro, laços são feitos e desfeitos, isso faz parte da vida do ser humano e também do animal. A afetividade está em qualquer tipo de relação, por isso, é necessário dar-lhe seu devido valor.
A afetividade docente não poderia ser posta de lado, pelo contrário, o professor tem um papel fundamental na vida do aluno, contribuindo positiva ou negativamente em seu processo de aprendizagem.
Sabe-se que ser professor é algo de inestimável valor, não é quantitativo, pois é uma das mais apaixonantes profissões e como tal, merece ser valorizada. O professor constrói juntamente com o aluno o conhecimento que este levará por toda a vida.
Muitos alunos espelham-se em seus professores e os têm na mais profunda admiração pelo papel que exercem em suas vidas, mas por outro lado, aquele professor que não faz questão de valorizar o aluno, a ele é direcionado um sentimento que muitas vezes causa dor, rejeição.
       Assim, é primordial que o professor atente-se e estimule o aluno com atitudes de afetividade, de diálogo, de cumplicidade, plantando uma semente para que o aluno, enquanto indivíduo ativo na sociedade seja colhedor de sua própria colheita.

A afetividade na escola

As instituições, como escola e família, fazem parte da vida do aluno podendo positiva ou negativamente contribuir para o seu sucesso ou insucesso. Cabe à escola, além de promover o cognitivo, considerar e valorizar a afetividade para assim propiciar a construção da personalidade do aluno.
Ensinar vai muito além do que transmitir conhecimento, papel este já modificado pelo professor, que tem a consciência de sua responsabilidade no processo de formação do aluno, além da importância de fazê-lo refletir sobre a vida em si.
A escola é um palco precioso e como não poderia ser diferente, deve ter uma equipe competente e consciente de seu papel, de suas responsabilidades, capazes de compreender e respeitar a diversidade e subjetividade de cada aluno.
A escola deve estar pronta para receber e conviver com os mais variados tipos de alunos, o aluno de ontem difere do de hoje, que é mais exigente no tratamento dispensado a ele.
Assim, a escola deve respeitá-lo e proporcionar-lhe uma base sólida para que possa crescer e construir significados, sentindo-se protegido.
A escola precisa ter cuidado para não criar um ambiente onde o aluno depare-se com situações de medo, fracasso e frustração, criando tensões emocionais que facilitarão as dificuldades de aprendizagem e o afastamento pessoal, fazendo com que o aluno crie uma barreira, muitas vezes, instransponível.
       Também é dever da escola acentuar a afetividade e não a repressão, ninguém aprende e cresce feliz sendo reprimido, humilhado e espera-se que num ambiente como a escola, ele possa crescer em harmonia e ter prazer e interesse em frequentá-la, pois o aluno precisa ser motivado, instigado, com interesse tudo flui melhor.

ESCOLA: um espaço de sucesso para um aprendizado significativo

Espera-se que o ambiente escolar seja propício ao diálogo, ao respeito mútuo, à construção do conhecimento e também à valorização da afetividade, proporcionando a todos os envolvidos no processo educativo, uma participação ativa, significativa e afetiva.
Os alunos, muitas vezes, passam mais tempo na escola do que em suas próprias casas ao lado de seus pais, outros apenas têm como um ambiente familiar à escola e o professor como alguém possível de dar-lhe atenção. Isso posto, a escola deve ser vista pelo aluno como um lugar acolhedor, lugar este em que estará rodeado de carinho, atenção, afeto e de pessoas que o orientarão acerca de seu futuro, ajudando-o na construção de seu conhecimento, de sua identidade.
O professor não é mais um mero transmissor de informações, aquele que erguia, mesmo que inconscientemente, um muro entre si e o aluno, sem nenhuma proximidade efetiva e afetiva.
Hoje o professor estabelece uma relação de troca, dialogando com o aluno a fim de saber de suas opiniões, ouvindo-o e considerando seus questionamentos. O professor reconheceu e compreendeu que trazer o aluno para mais próximo e ter com este uma relação humana, possibilita um aprendizado mais significativo ao aluno e um clima desfavorável à violência, insultos, evasão escolar e até mesmo a redução da retenção escolar.
A afetividade dentro do ambiente escolar contribui efetivamente em todo o processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que o professor dê a vez e a voz ao aluno e este se sentindo parte importante deste processo educacional, produz mais, participa com mais prazer das atividades solicitadas pelos professores e tornando-se parte do todo.
Tudo aquilo que acontece na e com a escola influencia de alguma maneira na aprendizagem do aluno.
Uma escola palco de discussões, brigas, bullying, mal estruturada fisicamente e suja, faz com que este aprendizado deixe de existir positivamente, prejudicando a todos os envolvidos, professores, alunos, diretor, funcionários e a comunidade que também frequenta, pois esta não se sente à vontade e por vezes, até mesmo nem convidada o é, para participar dos eventos que ocorrem normalmente nas escolas, dificultando principalmente a proximidade e o afeto entre eles.
Quando existe vida feliz dentro da escola, produção efetiva, comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo, o aprender em comum a todos é beneficiado, facilitando a vida profissional, pois trabalhar num ambiente agradável é de interesse de qualquer pessoa e a vida escolar do aluno, pois este clima estende-se ao alunado também, beneficiando seu aprendizado.
Ao falar em escola, professor, aluno, afetividade, relações humanas, não há como excluir a participação da família dentro de todo o processo educacional, pois a família é parte interessante, sua contribuição positiva é fundamental para que o aluno não se sinta abandonado. Mas sabe-se que em muitos casos, a ausência familiar prejudica demasiadamente a vida do aluno, a família é tão importante quão à afetividade na vida do aluno.
Mesmo que a escola aceite como uma das responsabilidades a orientação do desenvolvimento emocional do aluno, não podemos esquecer a influência do lar desta criança. Porém, isso não significa que a escola nada pode fazer, pois muitas crianças não têm segurança no lar, e dependem da escola para conseguir construir sentido à vida e aliviar as tensões acumuladas em outras situações.
           A parceria entre família e escola deve ocorrer para o sucesso da aprendizagem do aluno. Sendo assim, ambas devem trabalhar juntas para cooperarem com a construção do conhecimento e da identidade do aluno.

A afetividade

A criança, logo após o nascimento, apresenta o que poderia ser considerado de comportamento emocional.
Segundo Mouly (1979), o recém-nascido (com menos de 8 dias) não pode exprimir suas emoções de maneira que as pessoas, desconhecendo a natureza do estímulo, possam distinguir as expressões de medo e dor e verificou que os adultos identificavam, com segurança maior que a casual, as emoções de crianças com 10 (dez) meses de idade, registradas em fotos.
Supõe-se que o recém-nascido ainda não tenha as emoções diferenciadas e que com o passar do tempo, após essa maturação, o emocional desenvolva para que as suas emoções sejam mais nítidas e é neste período que surge um interesse maior por parte da criança de querer participar mais ativamente da vida de seus pais e estes devem demonstrar o seu afeto e sua disponibilidade a fim de evitar conflitos afetivos e sérias consequências no emocional da criança.
Segundo Dourado (2010), Freud, em 1920, diz que uma pulsão é um impulso, inerente à vida orgânica, fazendo um paralelo com a teoria de Melanie Klein encontramos o que seriam a pressão de forças perturbadoras. Para esta psicanalista, o desenvolvimento psíquico ocorre por intermédio da elaboração de experiências emocionais desde o nascimento.
Segundo Dourado (2010), Ortiz et al. (2004) analisam as origens da vida social e emocional e os fatores que intervêm no estabelecimento de um laço afetivo seguro ou inseguro. Para eles, o vinculo emocional mais importante na primeira infância, é o apego que a criança estabelece com uma ou várias pessoas do sistema familiar. Três componentes básicos são distintos neste vínculo: a) conduta de apego (de proximidade e interação privilegiada com essas pessoas); b) representação mental (as crianças constroem uma ideia de como são essas pessoas, o que podem esperar delas) e c) sentimentos (de bem-estar com sua presença ou ansiedade por sua ausência). O objetivo do apego, que tem a função adaptativa para a criança inserida em seu contexto, é favorecer-lhe a sobrevivência, buscando a proximidade de seus cuidadores e de proporcionar-lhe segurança emocional, transmitindo-lhe aceitação incondicional, proteção e bem-estar.
A afetividade exerce uma grande influência sobre tudo aquilo que o indivíduo sente e faz. Ela pode definir o tipo de vida, suas relações com os outros e a relação que tem consigo próprio.

Fonte:
DOURADO, A. M. A afetividade na relação professor-aluno: A perspectiva de Henri Wallon, Aparecida de Goiânia, 2010
MOULY, George Joseph. Psicologia Educacional. São Paulo: Pioneira, 1979
OLIVEIRA, C. A. A afetividade na relação professor-aluno. São Paulo, 2011.
ORTIZ, M. J. et al. Desenvolvimento Socioafetivo na Primeira Infância. In: Coll, et al. Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia Evolutiva. 2. ed.             Porto Alegre: Artmed, 2004

A afetividade influencia na aprendizagem do aluno?


Escolhi falar da afetividade, tema este que aprecio e utilizado em meu artigo cientifico na pós-graduação, tendo em vista a sua grande influência no aprendizado do aluno e na sua relação com o professor.

A vida está repleta de momentos em que, individual ou coletivamente, o indivíduo apresenta comportamento emocional de diferentes graus de intensidade, mas independente do grau, as emoções estão presentes. Não vivemos sem emoção, a vida é cercada pela afetividade ou pela falta dela. Pela sua relevância em nossa vida, não poderíamos então, separá-la do aprendizado escolar, tornando-a indissociável do processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o professor precisa aprender a valorizar a afetividade e reconhecer o quão importante e essencial o é em sua prática de ensino e desvalorizá-la pode vir a prejudicar a aprendizagem do aluno. A afeição é uma das necessidades psicológicas básicas do ser humano. Todavia, qualquer que seja a sua origem, sua importância é imensa. A criança depende da afeição de seus pais e o mesmo acontece com eles, o sentimento, a necessidade é recíproca e não poderia ser diferente na relação professor-aluno.

domingo, 21 de outubro de 2012

Novas colaboradoras. Sejam bem-vindas!


Compartilho com vocês a alegria da chegada de novas colaboradas em nosso blog.

Sejam muito bem-vindas!!

Daiana Falcão - pedagoga e professora de Língua Portuguesa da rede estadual de São Paulo/SP

Elisa Cristina Paz - pedagoga e psicopedagoga clínica e educacional da rede municipal de Mairiporã/SP

Síntia Regina Bonatti Reif - psicóloga - Rio do Sul/SC


Sempre com a certeza de que faremos o melhor possível em prol da Educação e do ser humano como um todo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Causas prováveis da dificuldade de aprendizagem

Morais (2006, p.24), aponta várias causas da dificuldade escolar tais como:

• Falta de estimulação adequada nos pré-requisitos necessários;
• À alfabetização;
• Métodos de ensino inadequado;
• Problemas emocionais;
• Falta de maturidade para iniciar o processo de alfabetização;
• O aspecto carencial da população;
• As diferenças culturais e sociais;
• Fatores intra-escolares (currículo, sistema de avaliação, relação professor/aluno:
• Deficiência mental;
                                          • Problemas físicos ou sensoriais (déficits auditivos ou visuais).

Drouet (1990 p.96), ressalta que as causas relacionadas à dificuldade de aprendizagem podem ser:

Causas físicas - são perturbações do estado físico geral da criança, ocasionada por: febre, dor de cabeça, dor de ouvido, cólicas intestinais, anemia, asma, verminose e todos os males que atinjam o físico de uma pessoa levando a um estado anormal de saúde;

Causas sensoriais – são todos os distúrbios que atingem os órgãos de sentido: visão, audição, gustação, olfato, tato, equilíbrio, reflexo postural, ou os respectivos sistemas de condução entre esses órgãos, causando problema para captar as mensagens do mundo exterior, tendo dificuldade para compreender o que se passa ao seu redor;

Causas neurológicas – são as perturbações do sistema nervoso, tanto do cérebro, como do cerebelo, da medula e dos nervos;

Causas emocionais - são distúrbios psicológicos ligados às emoções e aos sentimentos dos indivíduos e à sua personalidade. 



 

Bibliografia:
DROUET, Ruth C. R. Distúrbios da Aprendizagem
. São Paulo. Ed. Ática, 1990 p. 96 - 31 MORAIS, António Manuel Pamplona. Distúrbios da Aprendizagem
: Uma Abordagem Psicopedagógica. 12ª ed, São Paulo. Ed. EDICON, 2006 .

Dificuldade de Aprendizagem


Você já deve ter ouvido alguém dizer "aquele ali não consegue aprender", infelizmente, isso é muito comum, ora dito pelos professores, ora dito pelos pais, mas e a criança, jovem ou adulto em questão, como é que fica?

A Dificuldade de Aprendizagem é bem mais comum do que muitos imaginam. Nas escolas, por exemplo, encontramos um grande número de crianças e adolescentes que apresentam algum tipo de problema de aprendizagem. Esses jovens, por anos, têm sido ignorados e mal diagnosticados, o que frustra a maior parte dos professores, que não têm formação adequada para solucionar esse problema.

De um lado temos profissionais da área da Educação sem formação específica e de outro, temos o aluno que se sente excluído, atrasado, fracassado, pois se sente "diferente" do seu colega de classe, seu ritmo não acompanha o do restante da sala.

Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou na utilização da linguagem falada ou escrita que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos. O tema inclui como problemas perspectivos, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba crianças que tem problemas de aprendizagem resultante de deficiências, visuais, auditivas, ou motoras, de deficiência mental, de perturbação emocional, ou de3 desenvolvimento ambientais, culturais ou econômicos, (CORREIA, 1991).




Bibliografia:

CORREIA, Luis M. Dificuldades de aprendizagem: contribuições para a clarificação e unificação de Conceitos. Braga: Associação de Psicólogos Portugueses, 2001


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O papel do Psicopedagogo


Podem ser muitas as razões que determinam o sucesso ou o fracasso escolar de uma criança, como: fatores fisiológicos, fatores psicológicos, mais precisamente de mobilização, condições pedagógicas e principalmente o meio sócio-cultural em que vive a criança.

A práxis psicopedagogica é entendida como o conhecimento dos processos de aprendizagem nos seus aspectos cognitivos, emocionais e corporais. Pressupõe também a atuação tanto no processo normal do aprendizado como na percepção de dificuldades (diagnóstico) e na interferência no planejamento das instituições e no trabalho de re-educação (terapia psicopedagogica).

• Vivenciar e construir projetos, buscando operar na prática clínica individual e grupal.
• Desenvolver projetos institucionais, principalmente aqueles relacionados à escola.
• Aprimorar a percepção de si mesmo e do outro, enquanto se individual, social e cultural e no seu papel de psicopedagogo.

Os Psicopedagogos são profissionais preparados para tender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional. O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional) e na clínica (psicopedagogia clínica).

Com a sua formação procura-se compensar as lacunas detectadas na formação inicial, tanto dos psicólogos como dos pedagogos, com abordagem e aprofundamento de aspectos teóricos e práticos específicos para a realização de tarefas tipicamente psicopedagogicas, tarefas essas, que implicam o trato com uma gama de conflitos presentes no cotidiano escolar, na demanda clínica, nos programas sociais, nas políticas e outros. Nessa formação busca-se coletar e integrar as contribuições de diferentes campos do conhecimento, principalmente dos campos de conhecimentos psicológicos e educativos. Deste modo, a sua formação exige o domínio de conhecimentos e atribuições de diferentes âmbitos da Psicologia, das Ciências da Educação e outras, pois o contato com a pluralidade de culturas no campo do saber e a diversidade de cultura da vida cotidiana do professor possibilita diferentes trajetórias no trabalho desse profissional.

O campo de trabalho do Psicopedagogo é caracterizado pelo processo de aprendizagem e de desenvolvimento das pessoas, como aprendem e se desenvolvem, as dificuldades, os problemas, como também, as intervenções educativas que devem ocorrer nessa relação pedagógica. Essa intervenção psicopedagogica é um mecanismo educativo que visa à articulação adequada das atividades escolares de ensino e de aprendizagem, às necessidades de formação integral e de desenvolvimento dos alunos.

De acordo com Marina Muller, cada psicopedagogo como tal, e o conjunto deles como profissão, vai elaborando uma imagem do que é a Psicopedagogia, pela definição de sua própria identidade ocupacional em conexão com a tarefa, com seus êxitos e dificuldades. A identidade profissional deve ser elaborada através de uma contribuição intencional e institucionalizada, onde os psicopedagogos possam vivenciar e esclarecer as ansiedades e fantasias que esta área de trabalho desperta, as resistências e os conflitos que aparecem, e que possam ser abordadas operativamente. Não podemos prescindir, em nossa tarefa, nem das atividades de aprendizagem que cada psicopedagogo realiza, em especial com respeito a seu próprio campo profissional, e nem da progressiva elaboração pessoal do papel desenvolvido no seu trabalho.

Concluímos então que a atuação do psicopedagogo tem sempre como objetivo promover a aprendizagem.

O trabalho do psicopedagogo se dá numa situação de relação entre pessoas. Não é uma relação qualquer, mas um encontro entre educador e educando, em que o psicopedagogo precisa assumir sua função de educador, numa postura que se traduz em interesse pessoal e humano, que permite o desabrochar das energias criadoras, trazendo de dentro do educando capacidades e possibilidades muitas vezes desconhecidas dele mesmo e incentivando-o a procurar seu próprio caminho e a caminhar com seus próprios pés.
O objetivo do psicopedagogo é o de conduzir a criança ou adolescente, o adulto ou a Instituição a reinserir-se, reciclar-se numa escolaridade normal e saudável, de acordo com as possibilidades e interesses dela.




 
Bibliografia:

MULLER, Marina R. Aprender Para Ser. Buenos Aires, Ano 7, nº 14, 1986.
www.psicopedagogia.com.br
www.abpp.com.br




Psicopedagogia Educacional

A Psicopedagogia vem atuando com muito sucesso nas diversas Instituições, sejam escolas, hospitais e empresas.
Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervém ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e ajuda o desenvolvimento dos projetos favoráveis a mudanças, também psicoprofilaticamente.

A aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem no manejo instrumental da realidade.
Na Argentina e na França (Pólos Culturais), este trabalho já vem sendo desenvolvido há anos, tendo o psicopedagogo papel indispensável nas equipes multidisciplinares destas instituições.

Ana Maria Muniz, Alícia Fernàndez e Sara Pain são grandes exemplos do quanto a psicopedagogia Institucional vem colaborando dentro destas Instituições.
A aprendizagem não só objetiva a criança ou adolescente, mas o adulto e profissionais na integração e reintegração grupal.

Inspirando-nos em Pichon, um dos que se preocupou com a questão "GRUPO", verificaremos a importância de se trabalhar estas instituições: "a aprendizagem é uma apropriação instrumental da realidade para transformar-se e transformá-la. Essa apropriação possibilita uma intervenção que gera mudanças em si, e no contexto que se dá. Caracteriza-se também, por ser uma adaptação ativa, constante na realidade. Implica, portanto, em estruturação, desestruturação e reestruturação. Isso gera tensão a qual necessita não apenas ser descarregada, mas revitalizada, renovada, enriquecida.

Partindo da Teoria do Vínculo de Pichon-Rivière, a investigação deveria se dar em três dimensões: individual, grupal, institucional ou sociedade, que nos permitiria três tipos de análise: Psicossocial - que parte do indivíduo para fora; Sociodinâmica - que analisa o grupo como estrutura; e Institucional - que toma todo um grupo, toda uma instituição ou todo um país como objeto de investigação.

Psicopedagogia Clínica


Diagnostica, orienta, atende em tratamento e investiga os problemas emergentes nos processos de aprendizagem. Esclarece os obstáculos que interferem para haver uma boa aprendizagem. Favorece o desenvolvimento de atitudes e processos de aprendizagem adequados.

Realiza o diagnóstico-psicopedagógico, com especial ênfase nas possibilidades e perturbações da aprendizagem; esclarecimento e orientação daqueles que o consultam; a orientação de pais e professores, a orientação vocacional operativa em todos os níveis educativos.

A psicopedagogia no campo clínico emprega como recurso principal a realização de entrevistas operativas dedicadas a expressão e a progressiva resolução da problemática individual e/ou grupal daqueles que a consultam.


Bibliografia:
http://www.psicopedagogia.com.br/

Como surgiu a Psicopedagogia?


A Psicopedagogia surgiu da necessidade de atender a crianças com problemas de aprendizagem como uma forma de reeducação escolar.

Hoje os estudos estão muito desenvolvidos e os trabalhos, que inicialmente confundiam-se com um reforço pedagógico (sem propiciar os resultados desejados) mostram-se bem distantes desta visão.








Bibliografia:
http://www.psicopedagogia.com.br/
http://www.abpp.com.br

A Psicopedagogia no Brasil


A Psicopedagogia no Brasil enquanto área de atuação é sustentada por referenciais teóricos, isto é uma práxis psicopedagógica . É reconhecida academicamente através das produções científicas materializadas em teses, publicações e reuniões científicas organizadas pelo nosso órgão de classe Associação Brasileira de Psicopedagogia e por outros órgãos representados pelos profissionais e áreas afins. A formação é feita em cursos de especialização em universidades públicas e particulares.

Não há atualmente, portanto, como desconhecer o papel relevante desta profissão que tem contribuído para a integração de crianças, adolescentes e adultos que por diferentes razões estão desarticulados do sistema escolar e de instituições onde a aprendizagem é o centro.

Diferentemente dos primórdios do movimento educacional preocupado em compreender as razões do insucesso das crianças na escola, buscando apenas no aluno as respostas, a tendência contemporânea é considerar o insucesso enquanto sintoma social e não apenas como uma patologia do aluno. Hoje é inegável o reconhecimento da contribuição social e científica da Psicopedagogia e dos Psicopedagogos na realidade brasileira. 



Bibliografia:

http://www.abpp.com.br

O que é Psicopedagogia?


Por que algumas pessoas aprendem mais rápido e outras não?

 A Psicopedagogia vem com o intuito de responder à esta e tantas outras perguntas.

A Psicopedagogia surge da necessidade de compreender o processo educacional de uma maneira interdisciplinar, buscando para este desafio fundamentos na Pedagogia, na Psicologia e em diferentes áreas de atuação. Podem ser muitas as razões que determinam o sucesso ou o fracasso escolar de uma criança, como: fatores fisiológicos, psicológicos, sociais ou pedagógicos.

A Psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana: seus padrões normais e patológicos considerando a influência do meio - família, escola e sociedade - no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.






Quem sou eu

Sou professora de Língua Portuguesa da rede estadual de São Paulo, psicopedagoga clínica e educacional e atualmente, faço um curso de Práticas de Leitura e Escrita pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Acredito que o ser humano pode mudar a partir da Educação que lhe é oferecida, pois ela tem o poder de transformar vidas!
Sou alguém que preza a amizade, compartilho aquilo que sei e estou sempre em busca de conhecimento, a minha sede de aprender não tem fim e quero compartilhar com vocês meu sonho de ter para todos uma educação que prime pela qualidade. é direito de todos!!










Atendimento para crianças, jovens e adultos.
Contatos: espaco.educacao.psicopedagogia@gmail.com
                  cristiane_al@hotmail.com