sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A emoção dentro da sala de aula


              O professor não pode esquecer que a afetividade influencia todo o processo educacional e merece ser valorizada, não somente por isso, afinal, o ser humano é um ser que precisa de afeto.
            Muitos educadores ainda não dão o seu efetivo valor, priorizando apenas o conteúdo, mas como ensinar, formar um outro ser humano sem considerar as emoções se somos seres de afetividade?
            Uma relação baseada em um ouvir o outro, respeitando os erros e acertos de cada um pode direcionar o sucesso escolar do aluno e o sucesso profissional do educador. Se não há um sentimento de amizade entre professor e aluno, fica difícil dialogar, ter respeito, assim, também a aprendizagem não acontece.
            Segundo Ribeiro (2010), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil, 1997) constituem, também, uma referência ao currículo do Ensino Fundamental. Esse currículo visa o desenvolvimento de capacidades “de relações interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas, estéticas, para que o aluno possa dialogar de maneira adequada com a comunidade, aprenda a respeitar e ser respeitado, a escutar e a ser escutado, a reivindicar seus direitos e a cumprir seus deveres” (Brasil, 1997, p.46). Os PCNs admitem, então, o desenvolvimento e a influência da afetividade.
Segundo Araújo (1995), Tognetta e Assis (2006), a sintonia, as relações afetivas e cooperativas, a solidariedade, a tolerância, a demonstração de respeito e de apoio por parte do professor ajudam os alunos a superarem as dificuldades escolares.
Araújo (1995) salienta que a interação com o educador pode transformar a dificuldade de aprendizagem em melhores resultados em sala de aula.
Araújo (1995) e Camargo (1997) chegam à conclusão de que os sentimentos negativos interferem desfavoravelmente e comprometem o processo de aprendizagem dos alunos.
Sendo assim, é importante estabelecer um vínculo afetivo entre professor e aluno, pois se tratam de seres humanos que se relacionam a todo instante.
Ferreira (2010), afirma que a afetividade constitui um fator de grande importância no processo de desenvolvimento do indivíduo e na relação com o outro, pois é por meio desse outro que o sujeito poderá se delimitar como pessoa nesse processo em permanente construção. Salienta ainda que, é importante o professor estar envolvido nesse processo, considerando a afetividade como parte indissociável do cognitivo.

Fontes:
ARAÚJO, C. M. M. Relações interpessoais professor-aluno: uma nova abordagem na compreensão das dificuldades de aprendizagem. Dissertação de mestrado não-publicada, Instituto de Psicologia, Universidade Nacional de Brasília, 1995. Nacionais: introdução
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC, 1997.
CAMARGO, D. As emoções no processo de aprendizagem. Tese de doutorado não-publicada. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1997.
FERREIRA, S. P. A; VERAS, R. S. A afetividade na relação professor-aluno. Editora UFPR: Educar em Revista, Curitiba, Brasil, 2010.
RIBEIRO, M. L. A afetividade no bojo dos currículos de formação de professores. Anais do 14 Encontro Nacional de Prática de Ensino, Porto Alegre, RS, 2008.
RIBEIRO, M. L. A afetividade na relação educativa. Estudos de Psicologia, Campinas, 2010.
TOGNETTA, L. R. P., & ASSIS, O. Z. M. A construção da solidariedade na escola: as virtudes, a razão e a afetividade. Educação e Pesquisa, 2006.



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