O
professor não pode esquecer que a afetividade influencia todo o processo
educacional e merece ser valorizada, não somente por isso, afinal, o ser humano
é um ser que precisa de afeto.
Muitos educadores ainda não dão o
seu efetivo valor, priorizando apenas o conteúdo, mas como ensinar, formar um
outro ser humano sem considerar as emoções se somos seres de afetividade?
Uma relação baseada em um ouvir o
outro, respeitando os erros e acertos de cada um pode direcionar o sucesso
escolar do aluno e o sucesso profissional do educador. Se não há um sentimento de
amizade entre professor e aluno, fica difícil dialogar, ter respeito, assim,
também a aprendizagem não acontece.
Segundo Ribeiro (2010), os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil, 1997) constituem, também, uma
referência ao currículo do Ensino Fundamental. Esse currículo visa o
desenvolvimento de capacidades “de relações interpessoais, cognitivas,
afetivas, éticas, estéticas, para que o aluno possa dialogar de maneira
adequada com a comunidade, aprenda a respeitar e ser respeitado, a escutar e a
ser escutado, a reivindicar seus direitos e a cumprir seus deveres” (Brasil,
1997, p.46). Os PCNs admitem, então, o desenvolvimento e a influência da
afetividade.
Segundo
Araújo (1995), Tognetta e Assis (2006), a sintonia, as relações afetivas e
cooperativas, a solidariedade, a tolerância, a demonstração de respeito e de
apoio por parte do professor ajudam os alunos a superarem as dificuldades
escolares.
Araújo
(1995) salienta que a interação com o educador pode transformar a dificuldade
de aprendizagem em melhores resultados em sala de aula.
Araújo
(1995) e Camargo (1997) chegam à conclusão de que os sentimentos negativos
interferem desfavoravelmente e comprometem o processo de aprendizagem dos
alunos.
Sendo
assim, é importante estabelecer um vínculo afetivo entre professor e aluno,
pois se tratam de seres humanos que se relacionam a todo instante.
Ferreira
(2010), afirma que a afetividade constitui um fator de grande importância no
processo de desenvolvimento do indivíduo e na relação com o outro, pois é por
meio desse outro que o sujeito poderá se delimitar como pessoa nesse processo
em permanente construção. Salienta ainda que, é importante o professor estar
envolvido nesse processo, considerando a afetividade como parte indissociável
do cognitivo.
Fontes:
ARAÚJO,
C. M. M. Relações interpessoais professor-aluno: uma nova abordagem na compreensão das
dificuldades de aprendizagem. Dissertação de mestrado não-publicada,
Instituto de Psicologia, Universidade Nacional de Brasília, 1995. Nacionais:
introdução
BRASIL.
Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares
nacionais. Brasília: MEC, 1997.
CAMARGO, D. As emoções no processo de aprendizagem.
Tese de doutorado não-publicada. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
1997.
FERREIRA,
S. P. A; VERAS, R. S. A afetividade na
relação professor-aluno. Editora UFPR: Educar em Revista, Curitiba, Brasil,
2010.
RIBEIRO,
M. L. A afetividade no bojo dos
currículos de formação de professores. Anais do 14 Encontro Nacional de
Prática de Ensino, Porto Alegre, RS, 2008.
RIBEIRO,
M. L. A afetividade na relação educativa.
Estudos de Psicologia, Campinas, 2010.
TOGNETTA,
L. R. P., & ASSIS, O. Z. M. A
construção da solidariedade na escola: as virtudes, a razão e a afetividade.
Educação e Pesquisa, 2006.
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